O workshop envolvendo as divisões de Química Medicinal e Química Orgânica promoverá a interação entre áreas que estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento e produção de fármacos, através de apresentações de membros da academia, bem como representantes da iniciativa privada, visando intensificar a interação entre universidades e indústrias farmacêuticas e farmoquímicas.
Neste evento contamos com a presença de três representantes da academia e três de empresas farmacêuticas/farmoquímicas. Os acadêmicos que confirmaram presença são Eliezer Barreiro (UFRJ), Antônio E. G. Santana (UFAL) e Jairton Dupont (UFRGS). Com relação aos representantes de empresas farmacêuticas/farmoquímicas confirmaram presença Alessandra Mascarello (Aché), Marcelo Saraiva (Gilead Sciences, USA) e Fabio Barros (Instituto Vitanova – EMS).
As inscrições para o workshop vão até o dia 12/05/2018 e devem ser feitas diretamente com o coordenador, através do e-mail informado abaixo. Os inscritos na 41ª RASBQ não pagarão taxa de inscrição, para os demais o valor da taxa será de R$ 150,00, que deverá ser paga através de depósito bancário para: Sociedade Brasileira de Química - CNPJ: 49.353.568/0001-85, Banco do Brasil, agência 4328-1, c.c. 9048-4. A cópia do comprovante de depósito deverá ser enviada ao coordenador do workshop.
E-mail para inscrições: rvcguido@ifsc.usp.br (Rafael V. C. Guido – Diretor MED)
Programação:
10:00-10:10h: Abertura Profs. Mauricio M. Victor (DQO) e Rafael Guido (MED)
10:10-10:40h: Marcelo Saraiva, Gilead/USA;
10:40-11:10h: Jairton Dupont, IQ/UFRGS;
11:10-11:40h: Alessandra Mascarello, Aché Laboratórios Farmacêuticos
11:40-12:00h: debates
12:00-14:00h: intervalo almoço
14:00-14:30h: Antônio E. G. Santana, Química/UFAL;
14:30-15:00h: Fábio Barros, Instituto Vitanova
15:00-15:30h: debates
15:30-15:50h: Coffee-break
15:50-16:20h: Eliezer J. Barreiro, ICB/UFRJ
16:20-16:40h: Debates
16:40-17:00h: Considerações finais
Eliezer J. Barreiro
ICB/UFRJ
Resumo: Nesta apresentação trataremos de relatar alguns aspectos das experiências do Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias bioativas (LASSBio) do Instituto de Ciências
Biomédicas (ICB) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sede do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Fármacos e Medicamentos (INCT-INOFAR) e os esforços translacionais, visando a transferência da tecnologia desenvolvida, em parte de seus projetos interdisciplinares de fase pré-clínica de novos candidatos a fármacos, para o setor produtivo empresarial farmacêutico. Algumas estratégias de aproximação para com a IF, nestes de tempos de open-science & amp; open-innovation, serão ilustradas, assim como o diagnóstico dos principais gargalos detectados na construção do ambiente favorável ao diálogo consequente entre empresa-academia- governo.
Jairton Dupont
IQ/UFRGS
Resumo: Apresentaremos a experiência do Laboratório de Catálise Molecular da UFRGS em projetos conjuntos com parceiros não acadêmicos (Petrobras, Braskem, Cristália e Colorminas). O principal papel da Universidade nestes mais de 25 anos de interações está centrado no desenvolvimento de conhecimento básico e na formação de pessoal altamente qualificado para sustentar e alavancar os processos de inovação que ocorrem no setor não acadêmico. Os casos de sucesso sempre ocorreram quando os papéis dos atores envolvidos estavam previamente definidos.
Antônio E. G. Santana
Química/UFAL
Resumo: Apresentaremos a nossa experiência em constituir o Laboratório de Pesquisas em Recursos Naturais, na Universidade Federal de Alagoas, no desenvolvimento de conhecimento básico e na formação de pessoal altamente qualificado para o mercado de trabalho, seja acadêmico seja na indústria. A busca de novas oportunidades e a possibilidade de sustentar e alavancar processos de inovação “verdes”, que ocorrem na agricultura; os desafios e oportunidades na construção de um grupo voltado para a solução de problemas ligados à agricultura, com foco no controle de pragas e na construção de startup para a produção de feromônios; a construção de uma relação entre a pesquisa e a aplicação; o apoio das iniciativas pública e privada e a relação de um pequeno empreendedor com os órgãos de fiscalização e regulamentação, com análise também de processo de internacionalização, para colocação de um produto tecnológico brasileiro em grandes centros.
Alessandra Mascarello
Aché Laboratórios Farmacêuticos
Resumo: Título: Inovação Radical no Aché Laboratórios Farmacêuticos. Esta apresentação visa apresentar as iniciativas do Aché no campo da Pesquisa e Inovação, dando um destaque especial para o Laboratório de Design e Síntese Molecular, trazendo um pouco da nossa experiência com a obtenção de moléculas inovadoras. Os temas abordados serão: i. Trajetória profissional Academia-Indústria; ii. Desafios na área de Inovação Radical no Brasil; iii. Case de sucesso: parceria público-privada com Structural Genomics Consortium (SGC).
Marcelo Saraiva
Gilead/USA
Resumo: Title: “A Chemistry Journey Towards Compliance”. Esta apresentação tem como objetivo mostrar a importância dos controles de sistemas de qualidade relacionados à química de processo e à manufatura na indústria farmacêutica. Os requerimentos de conformidade (Compliance) aumentam desde as fases de estudos clínicos até a comercialização. Os desafios para o químico encontrados durante a manufatura de insumos farmacêuticos ativos e que envolvem conhecimento de química orgânica assim como da regulamentação também serão expostos. Com esta discussão, pretendo despertar o interesse dos alunos e professores para com as Boas Práticas de Manufatura e Conformidade (Compliance), objetivando uma colaboração mais efetiva entre a indústria farmacêutica e as universidades nesta área de atuação. Exemplos da minha experiência como químico e auditor de GMP (Good Manufacturing Practices), assim como de agências de regulamentação da saúde serão ilustrados.
Fábio Barros
Instituto Vitanova
Resumo: Nos dois últimos anos da minha graduação na UFSCar, aceitei o desafio de uma iniciação cientifica. Chamo de desafio, pois era a interpretação de algumas análises de MS que já havia rodado por alguns alunos, mas ainda estava sem entendimento. Após um ano de muitas tentativas e infinitos erros, chegamos a uma resposta. O primeiro artigo com meu nome e o encanto pela Espectrometria de Massas. Não sabia ali, mas estava definido meu caminho nos próximos anos. Ganhei um segundo desafio, esse foi mais fácil, não sei se pela experiência anterior ou por se tratar de uma classe de compostos que ionizava melhor. A partir desse momento, só me interessava por espectros de massas, tanto faz se fosse ou não do meu projeto. Busquei me dedicar a essa paixão, porem como o meu histórico no início da graduação era ruim, bolsa Fapesp não era uma possibilidade. Tive o entendimento que se quisesse trabalhar com espectrometria de massas teria que ir a indústria. Foi o que acabou acontecendo, uma ex-aluna da UFSCar, solicitou a indicação ao meu orientador. Agarrei a oportunidade, eram somente dois dias por semana, mas encarei como se fosse o trabalho para a vida toda. Dois anos depois, era sócio do meu contratante e tinha uma empresa de consultoria em espectrometria de massas. Após 7 anos na sociedade, já tínhamos 13 sistemas de LCMSMS, resolvei que queria desafios maiores, migrei para a indústria farmacêutica, mantendo um pé nas startups, com a mesma paixão pelos desafios encontrados na universidade.